De acordo com os dados, apenas 39% dos entrevistados aprovam o desempenho do democrata na Casa Branca, o mesmo alcançado em abril. Depois de ligeiras altas, os índices voltaram a cair: 42% em setembro e 40% em outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais.
Eleito com discurso de moderação, o governo Biden já repassou bilhões de dólares para o regime de Vladimir Zelensky no conflito com a Rússia em meio a denúncias de corrupção, cancelamento de eleições e falta de efetividade da contraofensiva na Ucrânia. Mais recentemente, o país se colocou como principal aliado de Israel na guerra que já deixou mais de 10 mil palestinos mortos em apenas um mês.
Os números são vistos com preocupação pela Casa Branca, que já começa a se preparar para as eleições do próximo ano. E, mais uma vez, a disputa entre Biden e o ex-presidente Donald Trump deve se repetir. Conforme pesquisa divulgada na segunda (6) pelo The New York Times, entre os seis estados-chave que decidem a presidência norte-americana, Trump venceria em cinco se o pleito fosse hoje.
"No geral, Trump lidera com 48% a 44% nesses seis estados. O republicano larga na frente em Pensilvânia, Michigan, Geórgia, Arizona e Nevada — cenário mais do que suficiente para conquistar os 270 delegados necessários para ganhar a presidência. Biden, por sua vez, tem mais intenções de voto apenas em Wisconsin", aponta a publicação.
O que causa a queda na popularidade?
Sinal da inquietação do eleitor norte-americano com a escalada da guerra entre o Hamas e Israel — que chegou a ser acusado de cometer crimes de guerra na Faixa de Gaza após atacar hospitais e até campos de refugiados —, para 8% dos eleitores, o principal problema do país são "as guerras e os conflitos estrangeiros". Em outubro, o índice era de 4%.
Esse é o indicador mais alto desde abril de 2022, meses após o início da operação militar especial russa na Ucrânia, quando 9% dos entrevistados citaram o conflito como principal preocupação. Na própria Câmara dos Representantes, dominada pelos republicanos, há dificuldades do governo Biden em aprovar novos projetos de ajuda financeira a Kiev.
Porém, a principal preocupação da população é com a economia, o que atingiu 20% dos entrevistados. O ano fiscal nos Estados Unidos encerrou em setembro, quando a inflação, um dos principais problemas do país, encerrou em 3,7%. O número foi maior do que o esperado pelo mercado e sinaliza um aumento na taxa de juros, o que impacta fortemente o financiamento do consumidor.
Outro levantamento, do Yahoo Finance/da Ipsos, mostrou ainda que um a cada quatro eleitores culpa as políticas da administração de Joe Biden pelo aumento nas taxas de inflação.
Na sequência, aparecem criminalidade (9%) e meio ambiente (7%).
Biden não atinge 50% desde 2021
A última vez que o presidente Joe Biden conseguiu 50% de aprovação da população norte-americana foi em agosto de 2021. O índice mais baixo foi alcançado em abril do ano passado, quando a popularidade chegou a 36%, conforme a Reuters/Ipsos.
Em novembro, foram entrevistadas 1.019 pessoas por meio de amostra representativa nacional.
A família do presidente Joe Biden ainda é alvo de investigação no Congresso por lavagem de dinheiro. A fraude financeira envolve "muitas pessoas que terão de responder ante o Congresso", de acordo com o comunicado do presidente do Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados.
De acordo com a investigação, a família Biden criou mais de 20 empresas de fachada para "lavar dinheiro" da China. Fala-se de US$ 24 milhões (R$ 120,48 milhões) e nove membros da família do presidente que participaram ou se beneficiaram dos esquemas de negócios, ressaltou James Comer.