Na quarta-feira passada (1º), o governo federal anunciou o uso de tropas das Forças Armadas em ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo.
A medida abrange os portos de Itaguaí (RJ), do Rio de Janeiro e de Santos (SP), além dos aeroportos do Galeão (RJ) e de Guarulhos (SP), com a ação iniciando ontem (6).
Carros anfíbios de quase 20 toneladas integram a ação, ao mesmo tempo que veículos para comando e transporte de pessoal comprados pela força entre 1986 e 2018 estão listados para participar da GLO. Os veículos servem para levar soldados do navio para a terra, além de oferecer proteção blindada e aumentar o poder de fogo, relata o UOL.
Ainda segundo a mídia, a operação deve mobilizar cinco tipos diferentes de embarcações. De acordo com comunicado da Marinha, serão aproveitados navios de apoio oceânico, navios-patrulhas, lanchas, embarcações de casco semi-rígido e motos aquáticas. Em alguns casos, como no de navios-patrulhas, seis veículos do mesmo tipo irão ao mar.
A previsão é que 1.900 militares sejam mobilizados. Só o Porto de Santos deve receber 350 fuzileiros navais, que embarcaram no navio patrulha oceânico Apa no sábado (4). Outros 750 militares serão distribuídos entre os portos do Rio e de Itaguaí.
"Em regime normal, se a Marinha detecta, em um contêiner, um pacote, uma droga, ela não pode intervir, tem de entregar à Polícia Federal. Com a GLO, vamos poder intervir. A mesma coisa no aeroporto, a Aeronáutica não podia abrir a bagagem, [agora,] podemos ajudar a PF", disse o ministro da Defesa, José Múcio, citado pela mídia.
A declaração do uso da GLO surge em meio às crises que o Rio de Janeiro vem passando nas últimas semanas, devido a ações de grupos criminosos.
As medidas foram anunciadas quase dez dias após um grande ataque de milicianos, que incendiaram 35 ônibus e um trem no Rio. As ações foram uma resposta de criminosos pela morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, um dos líderes da maior milícia do estado.