Panorama internacional

Biden é informado sobre esforços chineses para instalar base militar em Omã, diz mídia americana

Joe Biden teria sido informado sobre plano chinês para construir instalação militar em Omã. A abertura da base complementaria outras instalações militares de Pequim no exterior, como o centro logístico no Djibuti.
Sputnik
De acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg, Biden teria sido comunicado por conselheiros que autoridades militares chinesas discutiram o assunto no mês passado com homólogos em Omã, os quais foram receptivos a tal acordo. Eles disseram que os dois lados concordaram em mais negociações nas próximas semanas.
No entanto, a localização precisa da possível base ou o que ela abrigaria não foi informado imediatamente, relata a mídia.
O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu diretamente a uma pergunta sobre quaisquer planos para uma base, mas disse em comunicado na terça-feira (7) que a cooperação com Omã "produziu resultados frutíferos".
"Os dois lados têm um elevado grau de consenso sobre o desenvolvimento das relações bilaterais e o aprofundamento da cooperação em vários domínios, com o objetivo de aprofundar a amizade bilateral e beneficiar os dois povos", disse a chancelaria chinesa.
A abertura de uma base em Omã complementaria outras instalações militares de Pequim no exterior, às quais se refere como no Djibuti, nação da África Oriental.
Em 2019, o Ministério das Relações Exteriores em Pequim descreveu a instalação como um "centro logístico" que apoiava os esforços para combater a pirataria e ajudava as missões humanitárias e de manutenção da paz das Nações Unidas.
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A mídia relembra que o Pentágono tem afirmado há anos que a China quer construir mais instalações logísticas militares na região, incluindo os Emirados Árabes Unidos e outras nações da Ásia, abrangendo a Tailândia, a Indonésia e o Paquistão.
Uma base em Omã representaria um desafio para os EUA, cujo Comando Central supervisiona as tropas estacionadas na região, incluindo no Kuwait, Bahrein, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. De acordo com o Projeto de Segurança Americano, Omã foi o primeiro país do golfo Pérsico a fazer parceria militar com os EUA, assinando um acordo de acesso em 1980.

Mascate também fica perto do estreito de Ormuz, uma das rotas marítimas mais importantes para petróleo e gás natural liquefeito. O estreito torna-se um ponto focal sempre que aumentam as tensões com o Irã.

A preocupação com a crescente influência da China no Oriente Médio ajudou a estimular os esforços dos EUA para manter os seus aliados históricos ao seu lado. Os planos para um corredor comercial entre a Índia e a Europa através do Oriente Médio, revelados na cúpula do G20, fazem parte desse esforço mais amplo para criar alternativas à China.
Segundo a mídia, a Casa Branca não respondeu a vários pedidos de comentários. A Embaixada de Omã nos Estados Unidos também não respondeu a um pedido de comentário.
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