No início de novembro, o governo alemão autorizou exportações de armas para Israel no valor de 303 milhões de euros (R$ 1,6 bilhão), o que representa um aumento de dez vezes em comparação com 2022, quando a quantia era de 32 milhões de euros (R$ 168 milhões), declarou a emissora alemã Tagesschau, citando o Ministério da Economia do país.
No início de outubro, por exemplo, o órgão oficial da Alemanha afirmou que a Ucrânia liderava a lista de destinatários das exportações de armas do país, com 3,3 bilhões de euros (R$ 17 bilhões) em remessas licenciadas, seguida pela Hungria, com 1 bilhão de euros (R$ 5,2 bilhões), e pelos Estados Unidos, com 466 milhões de euros (R$ 2,4 bilhões).
Os dados se relacionam à declaração recente do ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, de que "uma nova guerra na Europa não é mais impensável, e a sociedade alemã deve se adaptar a essa realidade", enquanto pediu aumento de gastos militares.
Em entrevista à emissora alemã ZDF, Pistorius insistiu que os alemães "devem se acostumar novamente ao pensamento de que o perigo de uma guerra na Europa poderia representar uma ameaça". Discutindo as capacidades de defesa do país, o ministro apelou aos seus compatriotas para "se tornarem capazes para a guerra".
O ministro também citou o conflito na Ucrânia, bem como as hostilidades entre Israel e Hamas, como prova de que os combates também podem irromper em outros lugares.