Panorama internacional

Governo da Polônia se divide sobre adesão da Ucrânia à União Europeia

O presidente da Polônia, Andrzej Duda, e o Ministério das Relações Exteriores do país parecem divergir sobre o tema da adesão da Ucrânia à União Europeia. Enquanto Duda estende os braços, o vice-ministro Pawel Jablonski impõe condições à entrada do país eslavo no bloco econômico.
Sputnik
Ambos os comentários foram feitos nesta quarta-feira (8), em resposta à recomendação da Comissão Europeia de dar início aos procedimentos de entrada da Ucrânia no bloco. Duda, presidente da Polônia, se ateve em parabenizar a iniciativa da Comissão e afirmar que a ampliação da União Europeia será uma das prioridades da presidência polonesa do Conselho Europeu em 2025.
Jablonski, vice-ministro das Relações Exteriores, foi mais enfático em sua resposta à notícia, afirmando que Kiev deve resolver a questão dos massacres de poloneses perpetrados por nacionalistas ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial.

"Sem resolver esta questão — e muitos ucranianos já estão cientes disso — a Ucrânia não pode sequer sonhar em aderir à União Europeia", disse o diplomata em entrevista à rádio ZET.

Segundo o vice-ministro, Varsóvia vê como uma necessidade a exumação e o retorno dos corpos das vítimas da limpeza étnica feita pelos nacionalistas ucranianos nas regiões históricas de Galícia e Volínia. A questão já foi levada aos governantes em Kiev, mas nenhum trabalho ainda está sendo feito.
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No final de outubro, foi descoberta uma nova vala comum cheia de vítimas em Volínia. Isto instou o governo polonês a solicitar a entrega dos corpos.
"A verdade sobre o massacre de Volínia deve ser a nossa ponte para o futuro, que construiremos sobre a corrente do ódio", declarou o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, após a descoberta, afirmando que esta é a única forma de "fechar essa ferida dolorosa na história das nações polonesa e ucraniana".
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