Ambos os comentários foram feitos nesta quarta-feira (8), em resposta à recomendação da Comissão Europeia de dar início aos procedimentos de entrada da Ucrânia no bloco. Duda, presidente da Polônia, se ateve em parabenizar a iniciativa da Comissão e afirmar que a ampliação da União Europeia será uma das prioridades da presidência polonesa do Conselho Europeu em 2025.
Jablonski, vice-ministro das Relações Exteriores, foi mais enfático em sua resposta à notícia, afirmando que Kiev deve resolver a questão dos massacres de poloneses perpetrados por nacionalistas ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial.
"Sem resolver esta questão — e muitos ucranianos já estão cientes disso — a Ucrânia não pode sequer sonhar em aderir à União Europeia", disse o diplomata em entrevista à rádio ZET.
Segundo o vice-ministro, Varsóvia vê como uma necessidade a exumação e o retorno dos corpos das vítimas da limpeza étnica feita pelos nacionalistas ucranianos nas regiões históricas de Galícia e Volínia. A questão já foi levada aos governantes em Kiev, mas nenhum trabalho ainda está sendo feito.
No final de outubro, foi descoberta uma nova vala comum cheia de vítimas em Volínia. Isto instou o governo polonês a solicitar a entrega dos corpos.
"A verdade sobre o massacre de Volínia deve ser a nossa ponte para o futuro, que construiremos sobre a corrente do ódio", declarou o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, após a descoberta, afirmando que esta é a única forma de "fechar essa ferida dolorosa na história das nações polonesa e ucraniana".