Barros Costa, também conhecido como Eduardo DP, é apontado como proprietário da Construservice, uma das empresas contratadas para a pavimentação de estradas no Maranhão e suspeita de desvio de verbas.
O jornal Folha de S.Paulo teve acesso aos áudios da conversa entre o ministro e o empresário. De acordo com a mídia, Juscelino Filho teria encaminhado uma mensagem de texto dizendo: "[Na] próxima semana vamos sentar pra falar sobre umas emendas minhas de asfalto." A mensagem é de 2017, quando o atual ministro exercia seu primeiro mandato como deputado federal. As conversas foram encontradas pela PF após a prisão de Eduardo DP.
Em resposta às acusações, a assessoria do ministro enviou uma nota ao diário dizendo que não há ilegalidade nas obras e que Juscelino Filho não adquiriu benefício pessoal a partir das emendas.
"Não há qualquer irregularidade nas obras, cujas emendas atendem a demandas da população, conforme já esclarecido às autoridades. Emendas parlamentares são um instrumento legítimo e democrático do Congresso Nacional, e todas as ações de Juscelino Filho foram lícitas", disse a defesa ao jornal.
Em setembro deste ano, em uma das fases da operação, Luanna Rezende (DEM), irmã de Juscelino Filho e prefeita do município de Vitorino Freire, no Maranhão, foi alvo de mandado de busca e apreensão, sendo afastada de suas funções.
Segundo a mídia, a PF sustenta que o ministro obteve benefícios com as obras bancadas com dinheiro público no Maranhão.
A Codevasf afirmou em nota ao jornal que "mantém firme o compromisso com a integridade de suas ações e com o suporte à elucidação de quaisquer fatos investigados por autoridades policiais, pela Justiça ou por órgãos de fiscalização e controle" e que "a Companhia continuará a colaborar com o trabalho dessas instituições sob quaisquer circunstâncias, sem economia de esforços".