O BRICS pode levar a melhor sobre o G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) até 2040 em termos de influência política e econômica, informou a Bloomberg.
"As nossas previsões sugerem que uma força de trabalho em expansão e um amplo espaço para a atualização tecnológica aumentarão a participação do BRICS [na economia global] para 45% até 2040, mais do dobro do peso do Grupo das Sete principais economias desenvolvidas", disse o meio de comunicação.
O meio de comunicação sugeriu que, graças ao seu crescimento sustentável, bem como à diversidade e às ambições, o BRICS pode desafiar com sucesso o domínio global dos EUA e eliminar o dólar como principal moeda do mundo.
A apuração destacou ainda que, se os esforços do grupo para transferir algumas transações petrolíferas para outras moedas forem bem-sucedidos, isso poderá ter "um efeito de arrastamento" na participação do dólar no comércio internacional e nas reservas cambiais globais.
Aliado ao quadro, na 15ª Cúpula do BRICS em Joanesburgo, África do Sul, em agosto, o grupo estendeu convites à Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos (EAU) e Arábia Saudita para aderirem ao bloco, trazendo ainda mais relevância à sua participação global.
O grupo enfatizou que os novos seis membros foram selecionados depois que os países do BRICS chegaram a um consenso "sobre os princípios orientadores, padrões, critérios e procedimentos do processo de expansão do BRICS". A adesão plena começará em 1º de janeiro de 2024.
O BRICS, que foi formado em 2009 e inicialmente incluía Brasil, Rússia, Índia e China, expandindo-se pela primeira vez para admitir a África do Sul em 2010. Antes do início da cúpula da África do Sul, mais de 40 países manifestaram interesse em aderir ao BRICS, com 23 solicitando formalmente a adesão.