Os países do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) não chegaram a consenso com relação às sanções à indústria de diamantes russa, de acordo com uma declaração dos ministros das Relações Exteriores publicada na quarta-feira (8), após uma reunião em Tóquio.
Em uma seção dedicada ao conflito na Ucrânia, o grupo reiterou o seu compromisso anterior de prosseguir a sua política de sanções contra a Rússia. No entanto, no que diz respeito aos diamantes russos, apenas se comprometeu a "acelerar a nossa consulta sobre energia, metais e todos os diamantes não industriais, incluindo os extraídos, processados ou produzidos na Rússia".
As importações de diamantes brutos da Rússia foram proibidas ou parcialmente restringidas pelos EUA, Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia no ano passado. O G7 e a União Europeia (UE) também têm considerado uma proibição mais ampla nos últimos meses, que prevê a restrição tanto das compras diretas de diamantes da Rússia como de um mecanismo que impediria as importações indiretas de gemas brutas de origem russa.
De acordo com relatos da mídia, citando fontes próximas às discussões, os países planejam introduzir um sistema especial de rastreamento que incluiria verificações físicas de embalagens contendo pedras e dados de rastreabilidade obrigatórios para produtores e comerciantes de diamantes.
Segundo relatos anteriores de veículos de imprensa, o G7 e a UE deveriam delinear as medidas até ao final de outubro. Era esperado que a proibição fosse incluída no 12º pacote de sanções anti-Rússia da UE e aplicada pelo G7 até 1º de janeiro de 2024.
No entanto, um alto diplomata do bloco europeu disse à Reuters na segunda-feira (6) que Bruxelas ainda estava à espera de que o G7 apresentasse "algum tipo de proposta" detalhando a proibição, a fim de definir as suas próprias sanções sobre os diamantes russos.