Panorama internacional

Mídia: mesmo com pressão da Comissão Europeia, Alemanha e França adotam cautela sobre ativos russos

Grandes potências da União Europeia (UE), como França, Alemanha, Itália e Bélgica, estão cautelosas quanto à aceleração dos esforços para utilizar lucros de ativos sancionados do Banco Central russo, mesmo quando o braço executivo do bloco europeu pressiona para finalizar uma proposta até o final do ano.
Sputnik
Os principais países da UE disseram à Comissão Europeia, durante uma reunião a portas fechadas na quarta-feira (8), que seriam a favor de uma abordagem mais gradual, segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela Bloomberg. Na reunião, a comissão pressionou por uma proposta legal nas próximas semanas.
Paris, apoiada por uma grande maioria de países que tomaram a palavra, propôs primeiro colocar sobre a mesa um documento não legislativo nas próximas semanas, enquanto as autoridades continuam a aperfeiçoar a fórmula jurídica, disseram as pessoas, que falaram sob a condição de anonimato porque as discussões são privadas.
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O governo francês está preocupado com o fato de o plano ainda necessitar de melhorias para o tornar juridicamente sólido e pretende ver progressos até o final do ano, acrescentaram as pessoas.
De acordo com a mídia, os governos desses países querem primeiro buscar um documento não legislativo para continuar a restringir diferentes opções, a fim de garantir que a fórmula para usar os lucros gerados pelos ativos russos congelados seja legalmente sólida e não ponha em perigo a estabilidade financeira.
As estimativas sugerem que mais de 200 bilhões de euros (cerca de R$ 1 trilhão) dos ativos soberanos sancionados estão na UE, com a maioria na câmara de compensação Euroclear, sediada na Bélgica. Quantidades menores estão localizadas em outras jurisdições do G7 e em outros lugares.
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Os ativos russos sancionados congelados na Euroclear geraram quase 3 bilhões de euros (R$ 15,8 bilhões) em lucros desde o momento em que foram congelados até o terceiro trimestre deste ano, de acordo com dados publicados no mês passado. Espera-se que esse número continue a aumentar.
No mês passado, o presidente da Duma russa, Vyacheslav Volodin, referiu-se à má situação econômica nos países europeus como o motivo que os está levando a tomar medidas agressivas para financiar o conflito na Ucrânia.
O roubo de ativos russos congelados pelo Ocidente exigirá uma resposta simétrica de Moscou, advertiu Volodin.
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