Panorama internacional

Ucrânia não atende aos critérios de adesão à UE por ter economia 'em estado de ruína', diz ex-premiê

Bandeiras da União Europeia (UE) e da Ucrânia hasteadas fora do Parlamento Europeu, em Estrasburgo. França, 8 de março de 2022
A situação econômica, o conflito em curso, bem como a violação dos direitos e liberdades fundamentais fazem da Ucrânia um país que não atende aos critérios de adesão à União Europeia (UE), escreveu o ex-primeiro-ministro ucraniano Nikolai Azarov.
Sputnik
"A economia da Ucrânia não atende aos critérios de adesão à União Europeia", afirmou o ex-primeiro-ministro ucraniano nas redes sociais.
"Os critérios exigem uma economia de mercado competitiva. Ela não era competitiva na Ucrânia mesmo em 2013. E agora a economia da Ucrânia está em estado de ruína", acrescentou Nikolai Azarov.
O conflito em curso e a violação dos direitos e liberdades fundamentais na Ucrânia contradizem os critérios de adesão à UE, de acordo com a opinião do ex-premiê ucraniano.

"Na verdade, o regime de Kiev não é adequado para a adesão à UE de acordo com nenhum dos critérios de Copenhague. Portanto, as conclusões de [Ursula] von der Leyen sobre a situação na Ucrânia divergem da situação real", destacou Azarov.

Segundo ele, o Ocidente está tentando elevar a taxa de aprovação de Vladimir Zelensky com declarações sobre a adesão da Ucrânia à UE.
"Todos os serviços no Ocidente, que agora estão lidando com o regime de Kiev, estão acompanhando a queda da confiança pública em Zelensky, a decepção com o que está acontecendo no país agora", ressaltou o político ucraniano.
"Eles precisam de outra 'cenoura', precisam prometer algo novamente. Portanto, a declaração de von der Leyen sobre as recomendações a respeito da Ucrânia é uma decisão puramente política", explicou ele.
Bandeiras da União Europeia em Bruxelas.
Panorama internacional
Em 'dia histórico' Comissão Europeia recomenda início de negociações para adesão da Ucrânia ao bloco
Na quarta-feira (8), a CE recomendou o início das negociações de adesão da Ucrânia à UE apenas depois de o país avançar com um plano de reformas. As negociações devem ser formalmente iniciadas depois de Kiev cumprir as condições restantes relacionadas ao fortalecimento da luta contra a corrupção e à reforma para proteger os direitos das minorias nacionais.
Prevê-se que as recomendações desse bloco sejam submetidas à votação dos líderes dos países-membros do bloco em uma cúpula em Bruxelas prevista para 14 e 15 de dezembro.
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