"A economia da Ucrânia não atende aos critérios de adesão à União Europeia", afirmou o ex-primeiro-ministro ucraniano nas redes sociais.
"Os critérios exigem uma economia de mercado competitiva. Ela não era competitiva na Ucrânia mesmo em 2013. E agora a economia da Ucrânia está em estado de ruína", acrescentou Nikolai Azarov.
O conflito em curso e a violação dos direitos e liberdades fundamentais na Ucrânia contradizem os critérios de adesão à UE, de acordo com a opinião do ex-premiê ucraniano.
"Na verdade, o regime de Kiev não é adequado para a adesão à UE de acordo com nenhum dos critérios de Copenhague. Portanto, as conclusões de [Ursula] von der Leyen sobre a situação na Ucrânia divergem da situação real", destacou Azarov.
Segundo ele, o Ocidente está tentando elevar a taxa de aprovação de Vladimir Zelensky com declarações sobre a adesão da Ucrânia à UE.
"Todos os serviços no Ocidente, que agora estão lidando com o regime de Kiev, estão acompanhando a queda da confiança pública em Zelensky, a decepção com o que está acontecendo no país agora", ressaltou o político ucraniano.
"Eles precisam de outra 'cenoura', precisam prometer algo novamente. Portanto, a declaração de von der Leyen sobre as recomendações a respeito da Ucrânia é uma decisão puramente política", explicou ele.
Na quarta-feira (8), a CE recomendou o início das negociações de adesão da Ucrânia à UE apenas depois de o país avançar com um plano de reformas. As negociações devem ser formalmente iniciadas depois de Kiev cumprir as condições restantes relacionadas ao fortalecimento da luta contra a corrupção e à reforma para proteger os direitos das minorias nacionais.
Prevê-se que as recomendações desse bloco sejam submetidas à votação dos líderes dos países-membros do bloco em uma cúpula em Bruxelas prevista para 14 e 15 de dezembro.