A entrada da tumba está coberta de inscrições destinadas a proteger contra picadas de cobras, tornando-as protetoras do túmulo, disseram arqueólogos em um comunicado.
"Uma ênfase tão forte nos encantamentos de cobras foi provavelmente consequência de uma escolha pessoal do dono do túmulo, uma vez que nenhum outro caso semelhante com essa atenção especial é conhecido", disse à edição Live Science Miroslav Barta, diretor do Instituto Tcheco de Egiptologia em Abusir, onde o túmulo foi encontrado.
Trabalhos recentes sugerem que as cobras venenosas eram mais comuns no antigo Egito do que agora. Os arqueólogos muitas vezes descobrem túmulos no Egito que têm alguns desses dizeres mágicos contra picadas de cobra – mas não em número tão abundante como o encontrado neste túmulo, explicou o especialista.
Em Abusir existe um grande número de túmulos, juntamente com várias pirâmides. Este túmulo em particular pertence a uma pessoa chamada Dzehutiemhat, um escriba real que viveu cerca de 2.500 anos atrás, por volta da época em que os antigos persas controlavam o Egito, aponta o comunicado.
Parede norte da câmara funerária de Dzehutiemhat
A parte acima do solo do túmulo foi destruída na antiguidade. A câmara funerária tem 3,2 metros de comprimento, 2,6 m de largura e 1,9 m de altura. A sala está decorada com pinturas e textos.