O braço de política externa da UE, o Serviço Europeu de Ação Externa (EESA, na sigla em inglês), informou esta semana aos diplomatas do bloco que provavelmente não cumpriria a meta de março de 2024, segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela Bloomberg.
Anteriormente, já havia sido informado que a UE estava aquém do seu objetivo. Passado mais de metade desse tempo, a iniciativa atingiu até agora cerca de 30% da promessa de munições a Kiev e, com base no volume de contratos assinados até a data, corre o risco de falhar no seu propósito, escreve a mídia.
Alguns Estados-membros têm sido relutantes em divulgar detalhes dos fornecimentos, e o bloco europeu pode pedir que compartilhem mais informações sobre as entregas planejadas a fim de ter uma visão completa, disseram as fontes. A questão será discutida em uma reunião dos ministros da Defesa da UE na próxima semana.
O fornecimento de munições a Kiev torna-se ainda mais urgente pelo fato de a Rússia ter conseguido aumentar a sua própria produção, acrescentou a mídia. Qualquer déficit europeu corre o risco de se tornar crítico caso os fornecimentos e o apoio dos Estados Unidos também diminuam ou a campanha para as eleições presidenciais do próximo ano conduza a uma mudança de posição, ressaltou a agência norte-americana.
Ao mesmo tempo nesta sexta-feira (10), o Pentágono reconheceu que as próximas rodadas de ajuda militar à Ucrânia serão inferiores devido a atrasos no financiamento no Congresso e pelo fato de todos os recursos da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI, na sigla em inglês) terem sido gastos, conforme noticiado.