Josep Borrell, chefe das Relações Exteriores da União Europeia (UE) admitiu ao discursar no sábado (11) no Congresso do Partido dos Socialistas Europeus, que a Ucrânia não será capaz de derrotar a Rússia em um futuro próximo.
"Não há escassez de problemas. Este final de ano é, no mínimo, um teste duplo para a Europa, primeiro na Ucrânia, onde a perspectiva de vitória sobre a Rússia não é imediata", declarou Borrell durante o evento realizado em Málaga, Espanha, em referência aos desafios enfrentados pela política externa da UE.
O diplomata admitiu que o apoio dos EUA à Ucrânia provavelmente "diminuirá".
"Temos que estar prontos política e materialmente para ajudar a Ucrânia, para continuar a ajudá-la e até mesmo para assumir o controle", enfatizou.
Valery Zaluzhny, comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, admitiu em uma entrevista publicada em 1º de novembro na revista The Economist que a Rússia está em uma posição melhor no conflito armado, devido à sua população maior e a uma economia mais robusta, com mais recursos, e ao mesmo tempo admitiu a falta de progresso na contraofensiva de Kiev.
"Como na Primeira Guerra Mundial, chegamos a um nível de tecnologia que nos coloca em um impasse", avaliou ele sobre o conflito.