Segundo Sayyed Hassan Nasrallah, houve "uma atualização" nas operações do Hezbollah ao longo de sua frente com território israelense.
"Houve uma melhoria quantitativa no número de operações, no tamanho e no número de alvos, bem como um aumento no tipo de armas [...] esta frente permanecerá ativa", disse Nasrallah em um discurso televisionado citado pela Reuters.
O líder disse que o Hezbollah usou o míssil Burkan, descrevendo sua carga explosiva entre 300 e 500 quilos, e confirmou que o grupo usou drones armados pela primeira vez.
Nasrallah afirmou que o grupo também atacou pela primeira vez a cidade de Kiryat Shmona, no norte de Israel, em retaliação pela morte de três meninas e de sua avó no início deste mês.
O Hezbollah tem trocado tiros com as forças israelenses na fronteira libanesa-israelense desde 8 de outubro, com pelo menos 70 de seus combatentes mortos. Vários civis também perderam a vida.
Enquanto o Hezbollah continua com suas ações, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, alertou que o grupo está "perto de cometer um erro grave" que levará os residentes de Beirute a fugir das suas casas.
"Estou dizendo aqui aos cidadãos do Líbano, já vejo os cidadãos de Gaza caminhando com bandeiras brancas ao longo da costa e movendo-se para o sul. O Hezbollah está a arrastar o Líbano para uma guerra que pode acontecer e está a cometer erros [...] se cometer erros deste tipo, quem pagará o preço serão, em primeiro lugar, os cidadãos do Líbano. O que estamos fazendo na Faixa de Gaza sabemos fazer em Beirute", disse Gallant, citado pelo The Times of Israel.
Gallant ainda continuou a ameaça dizendo que a Força Aérea israelense está usando menos de um décimo do seu poder na Faixa de Gaza.
"Nossos pilotos estão sentados na cabine, os narizes dos aviões apontam para o norte. Temos muito que fazer no sul, mas a Força Aérea está virada para norte e o seu poder é muito grande", acrescentou.
As autoridades de saúde de Gaza afirmam que mais de 11 mil pessoas – muitas delas mulheres e crianças – foram mortas desde que Israel iniciou a sua ofensiva na pequena faixa costeira de 2,3 milhões de pessoas.
Já Israel revisou o número de mortos com o ataque do Hamas de 1400 para 1200, dizendo que os 200 a mais anteriormente mencionados eram corpos de integrantes do grupo palestino.