Segundo o órgão, às 14h17, foi atingido o patamar de 100.955 MW (megawatts). Esta é a primeira vez na história do SIN em que a carga superou a marca de 100.000 MW. A marca anterior era de 97.659 MW, medida em 26 de setembro deste ano.
Próximos dias: calor reinará
A atual onda de calor que atinge o Brasil deve continuar pelo menos até o próximo domingo (19) em grande parte do país. É o que afirmam as previsões do Climatempo. Segundo aponta o órgão, apenas duas capitais, que passaram por um fim de semana bastante calorento, vão registrar máximas abaixo de 30º: Porto Alegre e Florianópolis.
Por outro lado, quatro devem superar os 40ºC: Teresina, Boa Vista, Cuiabá e Campo Grande.
2023: o ano mais quente
Este ano é "praticamente certo" de que será o mais quente em 125 mil anos, disseram cientistas da União Europeia na quarta-feira (8), depois que dados mostraram que o mês de outubro foi o mais quente do mundo nesse período.
O mês passado superou o recorde de temperatura de outubro de 2019 por uma margem de 0,4 °C, disse a vice-diretora do Serviço de Monitoramento das Mudanças Climáticas do Copernicus (C3S, na sigla em inglês), Samantha Burgess, da União Europeia, descrevendo a anomalia de temperatura de outubro como "muito extrema".
Samantha Burgess, vice-diretora do C3S, descreveu a anomalia de temperatura de outubro como "muito extrema". "O recorde foi quebrado em 0,4 °C, o que é uma margem enorme", detalhou.
De acordo com o C3S, o calor é o resultado das contínuas emissões de gases de efeito-estufa provenientes da atividade humana, combinadas com o aparecimento do padrão climático El Niño este ano, que aquece as águas superficiais no leste do oceano Pacífico.
Globalmente, a temperatura média do ar à superfície em outubro foi de 1,7 °C mais quente do que no mesmo mês de 1850 a 1900, que o serviço Copernicus define como período pré-industrial. Essa é a razão pela qual seria "praticamente certo" afirmar que 2023 superou o recorde de 2016, passando a ser o ano mais quente já registrado, afirmou o C3S em comunicado.