Segundo o chanceler, as negociações mobilizaram muitos setores da diplomacia.
"Foi longo e demorado. Houve muitas incertezas e dúvidas, avanços e recuos. Nós não controlávamos as variáveis como o agravamento do conflito, os bombardeios em Gaza, as preocupações de segurança de todos os países envolvidos, seja Israel, seja o Egito. Então tudo foi muito lento, impreciso e, ao mesmo tempo, requereu um grande esforço da diplomacia e do governo brasileiro", detalhou o representante brasileiro.
Os detalhes foram expostos durante entrevista à TV Brasil. Na explicação, o diplomata descreveu que o empenho das autoridades brasileiras para repatriar o grupo de 32 pessoas da zona de conflito foi caracterizado por momentos de incerteza.
O embaixador ainda reforçou que foi necessária a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do corpo diplomático tanto no Egito como em Tel Aviv, em Israel, em Ramala, na Cisjordânia, além de Nova York, nos Estados Unidos, onde fica o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSNU).
"O resultado foi muito positivo. Não foi um processo simples, isso está evidente para todos nós. Demorou não só para o Brasil, mas para outros países também. Alguns países nem conseguiram ainda tirar os nacionais da Faixa de Gaza", pontuou durante entrevista.