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Empresas russas prosperam após êxodo ocidental, diz mídia dos EUA

Empresários russos preencheram rapidamente o vácuo deixado pelas empresas ocidentais que saíram do país como forma de boicote pelo conflito ucraniano, apontou uma reportagem da revista americana Bloomberg, especializada em negócios e mercado financeiro.
Sputnik
Uma das empresas mais famosas a abandonar a Rússia foi a rede americana de fast-food McDonald's. Todos os antigos 850 pontos de venda da franquia foram comprados por Aleskandr Govor, empresário do ramo do carvão, expandindo a sua operação anterior de restaurantes, que contava com apenas 25 unidades.
Renomeada para "Vkusno i Tochka", traduzido aproximadamente para "Saboroso e Ponto", em junho a rede declarou que superou o desempenho da companhia original, registrando mais de 500 milhões de clientes no ano passado.
Já o homem mais rico da Rússia e dono da gigante mineradora Norilsk Nickel, Vladimir Potanin, entrou no mundo financeiro com a compra do Rosbank, do grupo francês Société Générale, no ano passado.
Outro exemplo dado pela publicação foi o Arnest Group, do empreendedor Aleksei Sagal, que antes do êxodo das empresas ocidentais concentrava suas atividades no setor de cosméticos e bens domésticos. Com a saída da empresa de embalagens de bebidas Ball, Sagal arrematou o negócio por US$ 530 milhões (R$ 2,6 bilhões). Em agosto, o grupo também adquiriu 100% das ações russas da Heineken, segunda maior cervejeira do mundo, pelo valor simbólico de 1 euro (R$ 5,27).
A saída das multinacionais tinha como objetivo enfraquecer a economia russa. No entanto, segundo especialistas, a saída dessas empresas abriu novas oportunidades para os empresários russos, especialmente porque os reguladores de Moscou criaram condições desfavoráveis para que essas empresas deixassem o país.
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Sob as leis vigentes que regulam os desinvestimentos, para que as empresas saiam da Rússia, elas são obrigadas a vender seus ativos com um desconto de 50%, além de pagar uma contribuição obrigatória ao orçamento russo no valor de pelo menos 10% da metade do valor de mercado dos ativos da empresa no país.
Foram vendidos pelo menos US$ 21 bilhões (R$ 103 bilhões) em ativos ocidentais em 2022 e no primeiro semestre deste ano, apontou uma estimativa da agência de notícias e empresa de investigação AK&M News.
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