Na semana passada, o ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, disse que as autoridades do país registraram mais de mil atos antissemitas desde o início do conflito entre Israel e Hamas, no dia 7 de outubro. As autuações representam três vezes mais registros que em todo o ano de 2022.
Em protesto contra os atos, mais de 180 mil pessoas foram às ruas da França neste domingo (13) para a "marcha contra o antissemitismo". Membros do governo francês, como a primeira-ministra Élisabeth Borne, também participaram da manifestação.
Ainda segundo o ministro, só em Paris foram mais de 100 mil manifestantes. Darmanin também detalhou que, diante das denúncias, cerca de 490 pessoas foram presas por algum tipo de conexão com atos antissemitas. A França tem a maior comunidade judaica na Europa, cerca de 500 mil pessoas, conforme a BBC.
No último dia 5, a Comissão Europeia publicou um comunicado alertando sobre o aumento de incidentes antissemitas no continente. "Os judeus europeus hoje vivem novamente com medo", disse na declaração.
No ofício, a instituição enumerou ações antissemitas que aconteceram recentemente na Europa. "Temos assistido ao ressurgimento de incidentes antissemitas na União Europeia; […] estrelas de David pintadas em prédios na França, lojas e sinagogas judaicas atacadas na Espanha."
Conflito entre Israel e Hamas: mais de 12 mil pessoas morreram
Em 7 de outubro, o Hamas lançou um ataque com foguetes contra Israel e rompeu a fronteira, matando e sequestrando pessoas nas comunidades israelenses vizinhas. Em retaliação à ofensiva palestina, Israel lançou ataques e ordenou o bloqueio total da Faixa de Gaza, cortando o fornecimento de água, alimentos e combustível. No dia 27 de outubro, Israel iniciou uma incursão terrestre na Faixa de Gaza com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns.
A escalada do conflito já deixou, ao todo, cerca de 1,4 mil pessoas mortas em Israel e mais de 11 mil na Faixa de Gaza.