Panorama internacional

Inflação na Argentina atinge novo recorde a dias do 2º turno da eleição presidencial

A taxa de inflação anual da Argentina atingiu 142,7% nos últimos 12 meses, 4,7 pontos percentuais acima dos 138% registrados em setembro.
Sputnik
A variação anual é a maior desde que o país saiu da hiperinflação, há 30 anos. Em outubro, os preços subiram em média 8,3%.
O anúncio é feito a seis dias do segundo turno da eleição presidencial, marcado para o próximo domingo (19), em uma disputa acirrada entre o ministro da Economia, Sergio Massa, e o empresário de direita Javier Milei.
Embora Massa tenha vencido no primeiro turno, com 36,6% dos votos, frente a 29,9% de Milei, o candidato ultraliberal é o favorito para uma vitória no segundo turno, segundo pesquisas eleitorais.
A ascensão de Milei, um outsider político, é vista como sintoma do desgosto dos eleitores face às recorrentes e persistentes crises fiscais, marcadas por dívidas externas, má gestão financeira e moeda volátil, entre outros fatores, nas últimas quatro décadas.
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Desde 2019, o governo do atual presidente, Alberto Fernández, utiliza um sistema de controle cambial e vem negociando preços com produtores e distribuidores na tentativa de reduzir as altas de preços em setores críticos como alimentação e combustíveis.
Nas últimas semanas, Massa suspendeu temporariamente os impostos sobre os combustíveis, que já são subsidiados, para tentar frear o aumento de preços.
Os altos índices de inflação afligem os argentinos há décadas, já tendo vivido períodos de hiperinflação, no final da década de 1980 e início da de 1990, na casa dos 3.000%.
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