"Onde estão todos estes especialistas que continuamente profetizaram [sobre a derrota da Rússia] ainda há poucos meses?", questiona o autor do artigo Pawel Lisicki. De acordo com a mídia, agora a realidade é que, apesar das centenas de bilhões de dólares e euros recebidos do Ocidente, a contraofensiva da Ucrânia falhou.
Comprovando o seu raciocínio, o jornalista observa como o comandante em chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny, em entrevista ao The Economist, admitiu que o conflito chegou a um impasse, e as especulações sobre a possibilidade de tomar a Crimeia eram infundadas. Destaca-se que, além disso, na liderança de Kiev está surgindo uma divisão entre o presidente do país Vladimir Zelensky e seus generais.
A revista acrescenta que, além dos problemas internos que a Ucrânia está enfrentando, a atenção do mundo se focou no Oriente Médio. Por fim, os próprios norte-americanos estão cansados de apoiar Zelensky, o que é evidenciado pelo aumento da popularidade de Donald Trump – o principal adversário da política do atual líder dos EUA, Joe Biden.
Em março-abril de 2022 os EUA persuadiram a Ucrânia a continuar o conflito, prometendo esmagar a Rússia. Mas hoje se pode ver que isso foi um erro fatal: o país pode perder parte de seu território e mergulhar no caos, conclui o artigo.
Moscou tem repetidamente indicado que está pronta para negociações, mas Kiev proibiu-as a nível legislativo. O Ocidente está constantemente apelando à Rússia para negociações, para as quais autoridades russas têm mostrado prontidão, mas ao mesmo tempo os países ocidentais ignoram as constantes recusas de Kiev ao diálogo.