Acerca das inúmeras tentativas de chegar a um acordo sobre os civis presos, de ambos os lados, o grupo islâmico Hamas pontuou, por meio de suas autoridades, que Israel deliberadamente estava adiando o andamento das negociações, acusação essa que foi rebatida por autoridades israelenses.
Entretanto, sem grandes progressos no que tange ao resgate de reféns desde que a operação terrestre das Forças de Defesa de Israel (FDI) teve início em Gaza, Netanyahu tem enfrentado uma pressão interna crescente.
"Nossos corações estão sempre com os reféns e suas famílias. Desde o início da guerra, temos trabalhado incansavelmente para a libertação dos reféns, incluindo o aumento da pressão desde o início da incursão terrestre. […] quando — e se — houver algo concreto a ser dito, nós o faremos", declarou o primeiro-ministro.
Desde o início do confronto, foi apontado que a credibilidade de Netanyahu havia caído diante da opinião pública. Segundo uma pesquisa da Universidade Bar-Ilan, conforme divulgação do jornal israelense Haaretz, apenas 4% dos israelenses confiam nas declarações do primeiro-ministro sobre o conflito com o Hamas.
Esse é o menor grau de credibilidade já atingido pelo político, que nos últimos anos já vinha batalhando contra uma onda de impopularidade causada pelo desejo de passar reformas judiciais que lhe dariam maior controle sobre o Judiciário israelense. Há anos o primeiro-ministro enfrenta acusações de corrupção.
14 de novembro 2023, 12:28