Panorama internacional

Biden diz que objetivo da reunião com Xi é 'retomar as comunicações militares' EUA-China

Amanhã (14) acontecerá a tão esperada reunião entre Biden e Xi. O diálogo entre os dois líderes é de enorme importância, visto que as duas maiores economias do mundo tentam encontrar uma medida de estabilidade após um ano difícil para as relações sino-americanas.
Sputnik
O presidente Joe Biden pretende usar a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês) para mostrar aos líderes mundiais que os EUA têm coragem, atenção e dinheiro para se concentrar na região, mesmo enquanto enfrentam crises políticas internas e externas. Assim, a Associated Press (AP) descreveu a atuação norte-americana na cúpula e no encontro com Xi Jinping nesta quarta-feira (14).

"O presidente Biden, na próxima semana, fará muito mais do que apenas se reunir com o presidente Xi", disse o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, acrescentando que Biden apresentaria a sua visão econômica para a região, defenderia que os EUA são "o motor eminente" do crescimento econômico sustentável e que o país considera a região crítica para o crescimento econômico estadunidense.

Por sua vez, Joe Biden disse nesta terça-feira (14) a repórteres que a reunião com Xi Jinping também pretende reestabelecer o contato militar entre os dois países, cortado após a visita da então presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a Taiwan em agosto do ano passado.

"[Esse diálogo será] para voltar ao curso normal, correspondendo e sendo capaz de pegar o telefone e conversar uns com os outros durante uma crise, e ser capaz de garantir que nossos militares ainda tenham contato uns com os outros", afirmou o mandatário citado pela Reuters.

Funcionários da Casa Branca dizem estar cientes de que os países da APEC querem ver um melhor diálogo entre Washington e Pequim, uma vez que isso reduz o risco de conflito regional.
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Ao mesmo tempo, também sabem que outros na região estão preocupados com o fato de o Pacífico ser muitas vezes visto através de um prisma em que os centros de poder dominantes, como China e EUA, tomam decisões para a região sem o envolvimento de nações menos poderosas.
Nos últimos dias, nas vésperas do encontro entre os dois líderes, os EUA têm "aliviado" sua retórica sobre Taiwan, afirmando até que possivelmente a China "não quer realmente tomar Taiwan à força", como disse o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Charles Brown Jr., na semana passada a repórteres no Japão.
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Ao mesmo tempo, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse ao vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, quando se reuniram na semana passada, que "os Estados Unidos não desejam se afastar da China. Uma separação total das nossas economias seria economicamente desastrosa para ambos os países e para o mundo", afirmou.
A última vez que Xi e Biden se encontraram ao vivo foi no ano passado, às margens da cúpula do G20, em Bali, na Indonésia.
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