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'Tarde demais': Filipinas correm para modernizar Forças Armadas diante da ameaça chinesa, diz mídia

À medida que a China fortalece suas reivindicações sobre o mar do Sul da China, as Filipinas estão fortalecendo sua defesa externa. Entretanto, a modernização das Forças Armadas filipinas enfrenta atrasos e financiamento insuficiente, de acordo com artigo do jornal South China Morning Post.
Sputnik
Em julho, o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., disse que a modernização das Forças Armadas começaria e que, em dois anos, o país "recuperaria o atraso" e poderia voltar ao nível pré-pandêmico.
No entanto, devido à pandemia da COVID-19 e aos poucos recursos, os planos das Forças Armadas filipinas saíram dos trilhos, ressalta a publicação.
As Filipinas mudaram seu foco para a defesa externa à medida que a China intensifica suas reivindicações sobre o mar do Sul da China, e os dois países se envolveram em vários incidentes na hidrovia disputada nos últimos meses, escreve a mídia.
Desde o fim da Guerra Fria, as Filipinas têm se concentrado principalmente no combate às ameaças internas — insurgência e terrorismo, bem como no enfrentamento de desastres naturais, de acordo com o artigo.
"Uma grande lacuna na modernização tem sido a priorização incorreta das ameaças à segurança interna em detrimento das externas", disse o especialista em segurança Julio Amador.
A defesa externa só se tornou relevante na segunda metade da presidência de Rodrigo Duterte, depois que "as tentativas de se beneficiar das relações amistosas com a China produziram pouco ou nenhum resultado", segundo Julio Amador.
O governo de Ferdinand Marcos Jr. dá muita importância à defesa externa, mas as capacidades militares de longo prazo, incluindo sua capacidade de operar com outros países, continuam sendo questões cruciais no programa de modernização.
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As tentativas de modernização estão sendo feitas "tarde demais e muito pouco", afirmou o especialista em segurança do Sudeste Asiático e professor da Escola Nacional de Guerra, Zachary Abuza.
"Acredito que as Filipinas realmente não estavam suficientemente cientes da ameaça que a China representa e de como responder a ela", ressaltou Zachary Abuza.
Enquanto, de acordo com especialistas em segurança, a relação custo-benefício continua sendo crucial.
Em particular, Manila precisa rever o sistema de pensão de militares, por, atualmente, os militares não serem obrigados a contribuir para suas pensões, mas receberem nove vezes mais previdência social do que os aposentados quando deixam o serviço.
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Nos últimos meses do governo de Rodrigo Duterte, Manila assinou contratos para a importação de equipamentos militares no valor de mais de 100 bilhões de pesos (R$ 8,76 bilhões), incluindo mísseis supersônicos BrahMos de produção indiana e corvetas da Coreia do Sul. No entanto, essas últimas, assim como as compras posteriores, só serão entregues nos próximos anos.
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