"O que estamos vendo é o que vimos durante a guerra de mudança de regime contra a Síria desde 2011", disse Beeley. "Vimos os EUA ativarem as forças por procuração do Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países] para realizar ataques, particularmente nos distritos orientais a leste de Homs", afirmou.
"O que estamos a ver agora é um envolvimento direto entre os EUA e o Exército Árabe Sírio", sublinhou a jornalista. "Isso realmente não acontecia antes dos ataques às bases de ocupação norte-americana ilegal que diariamente roubam petróleo sírio do Nordeste e destroem recursos agrícolas".
"Nos últimos dois ou três dias, vimos confrontos diretos entre a Síria e o nosso exército e as forças dos EUA a oeste do Eufrates", disse Beeley. "Também vimos os EUA atacarem a área comercial na fronteira com o Iraque, que é uma das poucas passagens fronteiriças abertas entre a Síria e o Iraque que permite ajuda humanitária e fornecimentos do Irã e do Iraque para a Síria", explicou.
"O que temos visto são na base de ocupação norte-americana da Conoco, 15 mísseis lançados diretamente pelo Exército Árabe Sírio porque o sistema de lançamento é usado apenas pelo Exército Árabe Sírio", disse ela. "Portanto, só podemos concluir que agora o Exército Árabe Sírio está a mudar as regras de combate. Também abateu um drone dos EUA nos últimos dias."
"A Síria agora deu permissão às fações palestinas no território sírio de Golã [nas Colinas] para atacar com mísseis os assentamentos de Golã ocupados por Israel", disse Beeley.
"A política de Israel é quase sempre provocar uma reação. E então, quando recebe a reação, pode alegar legítima defesa para atacar o seu agressor", disse Beeley. "Isso é exatamente o que Israel tem feito nos últimos 12 anos aqui na Síria", destacou.
"Israel usará frequentemente aviões civis como cobertura para os seus ataques, colocando em risco os aviões civis. Essa tem sido uma política muito, muito padrão para Israel", observou Beeley. "Eles também têm atacado posições do Exército Árabe Sírio tanto ao sul de Damasco, como até ao sul de Suwayda, atacando muito recentemente as capacidades de defesa e equipamento de radar."