O objetivo da reunião era o de informar aos demais governos sobre a situação dos reféns e tentar sensibilizar a comunidade internacional sobre a necessidade da guerra contra o grupo palestino, relata o portal UOL.
Embaixadores de Argentina, França e vários outros países entraram na sala onde a reunião ocorreria. No entanto, a delegação brasileira não estava presente.
À mídia, a diplomacia brasileira admitiu que não foi convidada. Já a missão de Israel na ONU também confirmou que não houve o convite, mas explicou que havia sido apenas um "erro" no envio da mensagem aos delegados do Itamaraty.
O clima entre o governo israelense e o brasileiro não é o mais harmonioso desde o começo da guerra na Faixa de Gaza e, de fato, foi escalando conforme o conflito também aumenta.
Na presidência do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil tentou aprovar uma resolução que pedia o cessar-fogo imediato, algo visto com muito desagrado por Israel, que justifica sua intensa investida militar como autodefesa.
Em seguida, o governo brasileiro demonstrou irritação diante da ausência dos nomes de seus cidadãos nas listas feitas por Tel Aviv para permitir a saída de estrangeiros de Gaza.
No Brasil, o encontro entre o embaixador israelense, Daniel Zonshine, e o ex-presidente, Jair Bolsonaro, em Brasília, foi visto como um erro grave pelo Itamaraty.
Na mesma semana, o Ministério da Justiça teve de emitir uma nota para esclarecer que investigações sobre eventuais suspeitos de terrorismo eram uma competência soberana do Brasil, após Israel afirmar que tinha ajudado o Brasil a desvendar um possível caso de planejamento de ataque terrorista e que havia espaço para essas ações no país, uma vez que grupos como o Hezbollah "tem ajuda do Brasil", conforme noticiado.