Joe Biden, presidente dos EUA, chamou de "ditador" Xi Jinping, seu homólogo da China, horas depois de uma reunião destinada a restaurar as relações entre os dois países.
Biden e Xi se encontraram na quarta-feira (15) em São Francisco, Califórnia, EUA, durante a Cúpula de Líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês).
Durante uma coletiva de imprensa após a reunião, Biden elogiou o progresso feito, relatando que eles chegaram a um acordo para combater os precursores químicos do fentanil da China que entram nos Estados Unidos, retomando comunicações diretas entre as forças armadas dos dois países, as maiores do mundo, e um plano para que especialistas de ambos os países se reúnam sobre os perigos da IA.
Segundo Biden, a Ucrânia, Gaza, Taiwan e o mar do Sul da China também foram discutidos.
Em seguida, Biden se dirigiu para a saída, mas permitiu mais duas questões de um repórter. Durante a segunda, o último perguntou se Biden ainda chama Xi de "ditador", como fez no início do ano. Biden confirmou que sim.
"Bem, veja, ele é. Quero dizer, ele é um ditador no sentido de que é um cara que dirige um país que é um país comunista que se baseia em uma forma de governo totalmente diferente da nossa", afirmou Biden antes de sair da sala de imprensa.
Pouco depois, o Ministério das Relações Exteriores da China reagiu às declarações.
"Essa declaração é extremamente errada e irresponsável. A China se opõe firmemente à manipulação política", respondeu a porta-voz da chancelaria chinesa, Mao Ning, aos repórteres.