As Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo palestino Hamas, publicaram a mensagem de Qaani ao seu líder, Mohammed Deif.
Nele, Qaani chama Deif de "mártir vivo" e afirma que a operação Dilúvio de Al-Aqsa — feita pelo grupo em 7 de outubro — provou a fragilidade de Israel. Além disso, mostrou que o Hamas possui alta capacidade militar.
"Tenha certeza de que seus irmãos da Força Quds e do Eixo da Resistência [grupos xiitas de Iraque, Síria, Líbano e outros países] não permitirão que este inimigo selvagem e aqueles que estão por trás dele monopolizem Gaza e os seus firmes e heroicos habitantes, e não lhe permitirão atingir os seus objetivos sujos em Gaza e na Palestina."
Qaani também disse que o Irã reafirma "a aliança, as obrigações de fé e fraternidade" e assegura que, ao apoiar a resistência, farão "tudo o que for necessário nesta batalha histórica".
"Em meu próprio nome e em nome dos vossos irmãos na liderança da República Islâmica do Irã, ofereço-vos a vós e a todos os combatentes da fé, bem como a todo o povo palestino, parabéns por esta vitória triunfante e por conquistas únicas e sem precedentes na história da luta contra essa entidade sionista", diz a publicação.
Conflito entre Israel e Palestina
Em 7 de setembro, o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel, com mais de 3 mil foguetes disparados do enclave, além de efetuar uma incursão nas áreas da fronteira sul de Israel. Civis e militares israelenses foram tomados como reféns pelo Hamas e levados para Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, decretou estado de guerra e ordenou uma convocação recorde de 360 mil reservistas. Desde então, 1,4 mil israelenses e mais de 11,5 mil palestinos morreram.
O Estado judaico tem mantido Gaza sob um bloqueio de combustível, medicamentos e alimentos. O conflito se estende desde 1947, quando uma decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois Estados, mas apenas o israelense foi criado.