A construção de seis aeronaves Boeing E-7A equipadas com poderosos radares deve começar em breve, estima-se que os primeiros desses aviões deverão estar prontos para o serviço em 2031, de acordo com um comunicado da organização.
Comentando esses desenvolvimentos, o analista militar russo Dmitry Kornev sugeriu que essa decisão da OTAN provavelmente não era um sinal para os países que o bloco considera adversários.
"O hardware deles, não importa como você o atualize ou adapte, ficou desatualizado. Os radares são antigos, os computadores são antigos e pesados", disse ele, observando que a eletrônica se tornou muito mais avançada desde que esses aviões entraram em serviço há algumas décadas.
O novo E-7A permitirá que a OTAN "veja" dentro do território da Rússia (até 300 quilômetros) sem entrar no espaço aéreo russo, e o novo equipamento atualizado a bordo desses aviões permitirá que os oficiais da OTAN identifiquem melhor os tipos de aeronaves e unidades terrestres que espionam, disse Kornev.
De acordo com Kornev, existem várias maneiras pelas quais a Rússia pode combater a implantação dessas aeronaves de alerta precoce da OTAN perto de suas fronteiras.
Por exemplo, os militares russos podem ofuscar as atividades dos E-7A usando ativamente camuflagem e contramedidas eletrônicas para dificultar as atividades de coleta de inteligência da aeronave.
Além disso, se for necessário, as formidáveis capacidades de mísseis superfície-ar e ar-ar das forças russas lhes dão a capacidade de derrubar esses aviões do céu, sugeriu Kornev.
O especialista observou que os militares russos estão bem cientes de como funciona a inteligência de sinais de países estrangeiros e têm realizado treinamentos para combater tais tentativas de espionagem: "Se um satélite passar por cima, esconda seu hardware sob algum tipo de teto. Se uma aeronave ocidental passar por perto, pare todas as comunicações de rádio."