Nesta sexta-feira (17), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou um orçamento provisório que não prevê despesas com a Ucrânia e nem com Israel, conforme noticiado.
Em relação ao país do Leste Europeu, a ajuda de Washington corre o risco de chegar só em meados de dezembro e talvez até mais tarde, lançando dúvidas sobre a capacidade de Washington de manter o fluxo de armas que tanto a administração Biden como o governo ucraniano consideram vital, relata a agência Bloomberg.
Segundo a mídia, os apoiadores de Kiev no Congresso norte-americano estão envolvidos em uma dura batalha sobre um pacote de ajuda expansivo que envolve uma luta partidária sobre políticas fronteiriças, o que diminui o foco no conflito no Leste Europeu.
Com o conflito entrando em seu terceiro ano em breve, o outrora amplo apoio à Ucrânia mostra falhas, ao mesmo tempo, a aposta russa de que poderá sobreviver aos apoiadores de Kiev nos EUA e Europa cresce, escreve agência norte-americano.
Sendo assim, Washington começou a restringir o fluxo de assistência militar devido à espera, segundo uma porta-voz do Departamento de Defesa citada pela mídia.
"Precisamos nos esforçar para negociar na próxima semana. Os ucranianos estão ficando sem combustível, armas e munições", disse o senador Chris Coons, acrescentando que o Congresso deve agir "de acordo com um cronograma que seja importante".
Apoiadores influentes da Ucrânia no Congresso disseram que continuam confiantes em mais assistência dos EUA, no entanto, isso será politicamente difícil para o presidente da Câmara, Mike Johnson, que está no momento gerindo uma reação negativa entre os republicanos mais conservadores devido ao seu plano para evitar uma paralisação do governo dos EUA, escreve a Bloomberg.
Muitos desses republicanos também se opõem à assistência à Ucrânia, e seriam necessários apenas alguns deles para derrubar Johnson, tal como fizeram com o seu antecessor, Kevin McCarthy.
As lutas e exigências internas republicanas ameaçam empurrar a consideração do Congresso sobre a última parcela de ajuda militar para o novo ano, apesar dos avisos do porta-voz da Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, de que os EUA estão "perto do fim do caminho" em termos de recursos disponíveis para a Ucrânia.
"É uma frente de batalha ativa e a nossa capacidade de continuar a apoiar a Ucrânia está cada vez mais em perigo", afirmou Kirby citado pela mídia.
De acordo com um artigo publicado pelo canal PBS em outubro, desde o começo do conflito, os Estados Unidos já enviaram mais de US$ 75 bilhões (R$ 367 bilhões) em assistência para Ucrânia.