Panorama internacional

Forças de Defesa de Israel matam jornalistas que cobrem a guerra na Faixa de Gaza, diz jornalista

Os confrontos em Gaza resultaram na morte e no ferimento de dezenas de milhares de palestinos, incluindo trabalhadores da mídia. Haggai Matar, jornalista e ativista político israelense, diretor executivo da +972 Magazine, afirmou que seus colegas perderam a vida por "realizar um trabalho incrível".
Sputnik
As forças israelenses mataram dezenas de jornalistas palestinos que cobriam a Faixa de Gaza, de acordo com um colega israelense.
Após um mês de bombardeios contra o enclave palestino, lar de 2,3 milhões de pessoas, as Forças de Defesa de Israel (FDI) cercaram a cidade de Gaza atacando prédios governamentais e hospitais.
Mais de 11 mil palestinos foram mortos e quase 30 mil ficaram feridos, conforme o Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina, baseado na Cisjordânia ocupada por Israel. Entre as vítimas, há dezenas de jornalistas.
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O jornalista israelense Haggai Matar informou à Sputnik News que seus colegas em Gaza realizaram um trabalho inestimável ao documentar os resultados da ofensiva militar israelense e as condições humanitárias no local.

"O papel essencial que temos visto de Gaza, por parte dos jornalistas palestinos que têm feito um trabalho incrível em circunstâncias impossíveis, é totalmente crucial", afirmou Matar. "Algumas das imagens mais impactantes desta guerra foram capturadas por jornalistas palestinos", complementa.

"Dezenas deles foram mortos. Foi realmente horrível", lamentou Matar. "Enquanto isso, dentro de Israel, não ouvíamos as vozes dos israelenses dizendo que isso precisava acabar", disse o jornalista.
"Temos tentado garantir que essas vozes sejam ouvidas. Curiosamente, as vozes mais altas na sociedade israelense que clamam por um cessar-fogo, por uma solução pacífica, são as das famílias enlutadas e das famílias das pessoas que foram levadas para Gaza pelo Hamas e das pessoas que sobreviveram aos massacres, os massacres do Hamas", acrescentou Matar.
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No entanto, ele reconheceu que "tem sido muito difícil encontrar essas vozes na sociedade judaico-israelense", em que "a grande maioria dos israelenses apoia a guerra", e são principalmente "cidadãos palestinos de Israel que são fortemente contra esta guerra, mas estão sendo silenciados brutalmente".

"Estamos testemunhando uma perseguição, que não víamos há muitos, muitos anos, contra cidadãos palestinos de Israel", destacou Matar, dizendo que estão sendo "presos em massa, detidos e demitidos de seus empregos e suspensos ou expulsos das universidades onde trabalham ou estudam, apenas por dizerem que precisamos de um cessar-fogo, ou por dizerem que nos preocupamos com o povo de Gaza, onde nossos irmãos e irmãs estão sendo mortos."

"As pessoas podem ser presas por coisas assim agora. Portanto, essas vozes são muito, muito importantes e estão sendo realmente silenciadas. Sinto que a maioria das pessoas no mundo não está prestando atenção nelas", concluiu.
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