Jack Rasmus, professor de economia e política no Saint Mary’s College, na Califórnia, argumentou que os EUA estavam enfrentando uma grande recessão. Os EUA estão no caminho do colapso, enquanto as tentativas de controlar a inflação afundam a economia em recessão, diz o economista.
O presidente do Fed, Jerome Powell, não fez segredo de sua intenção de estabilizar a economia dos EUA à custa dos empregos americanos, tudo em nome de domar a inflação desenfreada alimentada por sanções à Rússia, exportadora de energia e alimentos.
O economista Jack Rasmus disse à Sputnik que esse declínio foi pior do que parecia. "Os números anunciados não são ajustados à inflação", observou Rasmus.
"São chamados de preços nominais em oposição aos preços reais. Mesmo os preços nominais contraíram muito ligeiramente. Mas em termos reais, se você ajustasse isso pelo IPC, Índice de Preços ao Consumidor [da inflação], você encontraria um grande declínio nas vendas no varejo, talvez de quatro a cinco por cento."
"A economia e as vendas no varejo são cerca de um quarto de todos os gastos do consumidor. E os gastos do consumidor são como dois terços da economia", disse Rasmus.
Mas os problemas não param por aí, observou o economista norte-americano.
"Então, você tem um quinto da economia contraindo, isso é no consumo. Ao mesmo tempo, você tem habitação, que não está no índice de preços ao consumidor ou vendas no varejo. A habitação está tendo outra queda por causa das altas taxas de juros", disse Rasmus. "Os gastos e empréstimos das pequenas empresas estão despencando porque as taxas de juros são altas demais. Investimentos em equipamentos de negócios em geral passaram a ser negativos no mês passado", acrescentou.
Em combinação com as contrações nos setores da indústria e habitação, a economia estava em recessão, argumentou o economista. A política monetária seguida pelo Sistema de Reserva Federal (Fed) e sua ex-funcionária, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, também está levando o país à ruína, alertou o economista, inflacionando os níveis já recordes de dívida do governo e déficits comerciais.