Panorama internacional

Degelo nas relações Biden-Xi é importante sinal para a cooperação no mundo, diz FMI

Kristalina Georgieva, diretora do FMI, abordou o encontro entre os presidentes dos EUA e da China na cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, e também a influência do conflito Israel-Hamas.
Sputnik
Kristalina Georgieva, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse na sexta-feira (17) que a reunião desta semana entre Joe Biden e Xi Jinping, presidentes dos Estados Unidos e da China, respectivamente, é um sinal extremamente necessário de que o mundo precisa cooperar mais.
"Ele envia um sinal para o resto do mundo de que devemos encontrar maneiras de cooperar nos desafios em que nenhum país sozinho pode ter sucesso", declarou Georgieva à agência britânica Reuters em uma entrevista à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês), em São Francisco, Califórnia, EUA.
Georgieva disse que a iniciativa também ajudará a promover a cooperação em relação aos desafios globais, especialmente na mudança climática, tendo em conta a conferência climática COP28 a ser iniciada no final de novembro. A reunião entre Biden e Xi é "importante em um momento em que a fragmentação geoeconômica realmente se aprofundou, com consequências negativas para as perspectivas de aceleração do crescimento", sublinhou Georgieva.
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Apesar disso, ela reconheceu que o encontro não alterou as crescentes restrições comerciais e de investimento justificadas pela segurança nacional entre as duas maiores economias do mundo.
A diretora-geral do FMI também abordou a guerra de Israel contra o Hamas, que continua sendo "devastadora" para a população e a economia de Gaza, e com "impactos graves" na economia da Cisjordânia e do próprio Israel, mas também dos vizinhos Egito, Líbano e Jordânia devido à redução do turismo e o aumento dos custos do gás.
A guerra entre Israel e Hamas teve "um impacto muito, muito limitado" sobre a economia global, pois o aumento inicial dos preços da energia não foi sustentado. No entanto, os impactos podem aumentar se houver um "acidente" que amplie o conflito ou se ele for prolongado, acrescentou Kristalina Georgieva.
"Já estamos vendo o impacto do antissemitismo e da islamofobia levantando suas cabeças feias em todo o mundo. Quanto mais cedo essa guerra terminar, melhor", opinou.
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