Nos últimos meses, China e Filipinas têm vivido uma verdadeira disputa no mar do Sul da China e trocado duras declarações por conta disso. Na semana passada, Manila acusou Pequim de "coerção" enquanto os chineses acusaram os filipinos de "violação da soberania territorial".
Na sexta-feira (17), com o objetivo de apaziguar as tensões, o presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., se encontrou com o líder chinês, Xi Jinping, em São Francisco durante o último dia da APEC.
OLHE: O presidente Ferdinand Marcos Jr. e o presidente chinês Xi Jinping se reuniram à margem da Cúpula da APEC de 2023 em São Francisco, Califórnia. Marcos disse que ele e Xi concordaram que as questões territoriais no mar do Sul da China não devem ser o fator definidor das relações dos dois países.
Após o encontro com Xi, Marcos Jr. disse que "essencialmente, tentamos criar mecanismos para reduzir as tensões no mar do Sul da China", observando que a disputa marítima com Pequim "não deve ser o elemento definidor do nosso relacionamento", mas acrescentou que "os problemas permanecem" e os dois lados precisam continuar a comunicar.
"Não creio que alguém queira ir para a guerra", disse o presidente filipino citado pelo jornal Nikkei Asia.
Marcos Jr. também disse que expressou preocupação com os incidentes entre navios chineses e filipinos, incluindo uma colisão. Ao mesmo tempo, abordou a situação dos pescadores filipinos, segundo a agência Reuters.
"Pedi que voltássemos à situação em que pescadores chineses e filipinos pescavam juntos nestas águas", disse ele.
Apesar de ter pedido a reunião com Xi, o governo filipino tem cada vez mais aprofundado laços com os Estados Unidos. Em abril, Manila anunciou a abertura de quatro novas instalações militares e ontem (17), assinou um acordo nuclear histórico com Washington também às margens da APEC, conforme noticiado.