Ao mesmo tempo, Pashinyan afirmou que Yerevan e Baku falavam línguas "diplomáticas diferentes" e "frequentemente enfrentavam mal-entendidos" por conta de um conflito prolongado, milhares de vítimas e uma atmosfera de "ódio de décadas".
"Os princípios básicos da paz foram acordados com o Azerbaijão. Isto aconteceu como resultado das minhas reuniões em Bruxelas com o presidente do Azerbaijão [Ilham Aliyev], mediadas pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel", disse Pashinyan, acrescentando que os acordos foram registrados nas declarações de Michel sobre os resultados das reuniões trilaterais de maio e julho.
Além disso, Pashinyan alertou para uma possível ameaça de escalada entre os dois países, uma vez que Baku promoveu o "conceito político ocidental do Azerbaijão" ao se referir ao território da Armênia.
"Para nós, isto parece ser uma preparação para uma nova guerra, uma nova agressão contra a Armênia e é um dos principais obstáculos ao processo de paz", disse Pashinyan.
Yerevan e Baku começaram a discutir um futuro acordo de paz em 2022 com a mediação da Rússia, da União Europeia e dos Estados Unidos. Tanto Pashinyan como Aliyev afirmaram que um tratado de paz poderia ser assinado até o final deste ano.
Os dois países têm um conflito territorial sobre a região de Nagorno-Karabakh desde 1988, quando ainda integravam a URSS. Em setembro, uma operação militar do Azerbaijão na república autoproclamada causou o êxodo da população armênia local para a Armênia, e assegurou sua posse por Baku.