Os seguidores do ultraliberal Javier Milei, que fazem parte do partido A Liberdade Avança, se dizem particularmente preocupados com a possibilidade de eleitores terem utilizado cédulas remanescentes das eleições primárias (Paso) para votar.
Isso é motivo de preocupação devido às regulamentações tanto da região administrativa da capital, Caba, quanto da província de Buenos Aires, que estabelecem que apenas as "boletas" específicas para as eleições datadas de 19 de novembro, ou as do primeiro turno, em 22 de outubro, são consideradas válidas.
Membros do partido A Liberdade Avança apresentaram um documento ao órgão eleitoral da província de Buenos Aires, no qual alegam ter relatos de cédulas das Paso circulando em pelo menos quatro centros de votação e solicitam que esses votos sejam incluídos na contagem final.
"Entendemos que é vital [...] que também sejam aprovadas nessas eleições as cédulas das Paso, uma vez que ela expressa a vontade genuína do eleitor", diz o texto, segundo o jornal argentino La Nación. O documento é assinado, entre outros, por Karina Milei, irmã de Javier Milei e responsável por chefiar sua campanha.
"É uma eleição totalmente transparente". Ao jornal Clarín, o assessor do A Liberdade Avança Guillermo Francos disse que "não há nada a observar além das coisas que surgiram ao longo do dia e que foram resolvidas ao longo do caminho".
Além disso, disse que "não houve cédulas faltantes, como alguns disseram". E, embora ainda não tenha mesas de testemunhas, mostrou-se otimista quanto aos resultados: "Foi um dia em que a democracia se expressou".