"Temos muito pela frente para libertar territórios que estão há muito tempo sob os ditames do regime ucraniano. Acredito que não devemos apenas partilhar a nossa experiência de desnazificação, mas […] formalizá-la em uma variedade de áreas e publicá-la como recomendações metodológicas, materiais e regulamentos administrativos", disse em mensagem publicada no seu canal no Telegram.
Segundo Pushilin, desde 2014 Donbass caminhou para o mundo russo em várias direções: luta contra o neonazismo e aplicação de medidas contra o nacionalismo ucraniano. Para o chefe da RPD, a região "conhece o inimigo de vista, os seus métodos e suas técnicas", com um intenso combate nos últimos quase dez anos.
Nazismo na Ucrânia
Em setembro, o jornalista irlandês Chay Bowes destacou que a Rússia fez diversos alertas sobre o crescimento do nazismo na Ucrânia, mas analistas ocidentais ignoraram. Ele afirmou que "talvez seja a hora de enfrentar a realidade".
"Quando os russos disseram que queriam desnazificar a Ucrânia, muitos analistas ocidentais riram deles. Agora é mais difícil rir. Talvez seja a hora de enfrentar a realidade que os meios de comunicação ocidentais ignoraram?", questionou Bowes.
O comentário do jornalista tinha como base a homenagem do Parlamento canadense ao soldado nazista ucraniano Yaroslav Hunka. Ele foi convidado para uma sessão da Câmara dos Comuns do Canadá em 22 de setembro, no âmbito de uma visita do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, ao país.
Na ocasião, o então presidente do Parlamento, Anthony Rota, fez um discurso apresentando o veterano nazista, de 98 anos, como um "herói".
Hunka lutou na Primeira Divisão Ucraniana, também conhecida como Divisão Galícia. Essas tropas atuavam em conjunto com a SS, exército paramilitar do Partido Nazista de Adolf Hitler (1889–1945). O caso expôs a simpatia do regime de Kiev pelo nazismo.
28 de setembro 2023, 21:32
Operação especial militar russa
As Forças Armadas da Rússia prosseguem a operação militar especial na Ucrânia, anunciada pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 24 de fevereiro de 2022. Segundo o chefe de Estado da Rússia, entre os objetivos principais da operação lançada estão a "desmilitarização e a desnazificação" do país vizinho.
Após mais de um ano de confrontos, o Exército russo e as forças das repúblicas de Donetsk e Lugansk libertaram completamente a República Popular de Lugansk (RPL) e uma parte da RPD, bem como toda a região de Kherson, áreas de Zaporozhie junto do mar de Azov e uma parte da região da Carcóvia.
Em 5 de outubro, como resultado de referendos nas regiões, as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e regiões de Kherson e Zaporozhie integraram oficialmente a Federação da Rússia.