Panorama internacional

Israel negocia cessar-fogo de 4–5 dias, mas depois voltará com 'força total em Gaza', diz ministro

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu nesta terça-feira (21) ao seu governo que apoie um acordo para abrir caminho para a libertação de alguns reféns levados pelo Hamas no ataque do dia 7 de outubro.
Sputnik
O acordo prevê pelo menos 50 reféns — crianças, mães e mulheres — em troca de um cessar-fogo de quatro a cinco dias e da libertação de 150 a 300 prisioneiros palestinos, relata o jornal The Times of Israel. O cessar-fogo seria a primeira pausa em seis semanas de intenso bombardeio israelense.
"Estamos em guerra, e a guerra continuará até que todos os nossos objetivos sejam alcançados […]. diante de nós está uma decisão difícil, mas a certa. Não descansaremos até que todos retornem. A guerra tem etapas e o retorno dos reféns terá etapas", afirmou o premiê citado pela mídia.
Na visão do ministro da Defesa, Yoav Gallant, a ofensiva terrestre em Gaza é um fator-chave para "aumentar a pressão" sobre o Hamas para negociar e libertar reféns.

"Sem a pressão e a pressão contínua [sobre o Hamas], não haverá qualquer possibilidade" de garantir a libertação dos próximos grupos de reféns, diz o ministro, prometendo que, uma vez terminado o cessar-fogo de 4–5 dias, as operações de Israel em Gaza retornarão "com força total".

A "pressão" israelense já deixou mais de 14,1 mil mortos na Faixa de Gaza, sendo 5.840 crianças e 3.920 mulheres, o que corresponde a quase 69% das vítimas da guerra, conforme noticiado.
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