Em meio à escalada do conflito no Oriente Médio, apesar do anúncio de uma trégua de quatro dias na Faixa de Gaza em troca da libertação de 50 reféns, Israel realizou mais cedo outros ataques na Síria. Há um mês, outra ação das FDI fez com que os dois principais aeroportos de Damasco permanecessem fechados até hoje, o maior período desde o início da guerra civil no país.
Conforme o observatório disse à AFP, a suspeita é que os sírios mortos durante os ataques trabalhassem para o grupo no país.
Desde 2011, o país judeu já realizou diversos bombardeios aéreos contra a região norte do país vizinho por conta da atuação de militantes do Hezbollah e de outras forças apoiadas por países árabes da região. Com os ataques do Hamas no dia 7 de outubro em Israel, as ações foram intensificadas, o que levou ao temor da comunidade internacional de um possível acirramento do conflito que só em Gaza provocou a morte de mais de 14,5 mil palestinos.
Segundo a agência de notícias estatal síria SANA, que citou uma fonte militar do país, "o inimigo sionista realizou um ataque aéreo com dois mísseis a partir das Colinas de Golã ocupadas, visando alguns pontos nas proximidades da cidade de Damasco".
Ameaça à estabilidade da região
Pouco após a confirmação dos ataques, o Ministério das Relações Exteriores da Síria alertou que os ataques "ameaçam a segurança e a estabilidade da região". Enquanto isso, voos para Damasco e Aleppo, as principais cidades do país, seguem suspensos desde 22 de outubro, quando bombardeios danificaram as pistas.
Conforme o chefe do observatório, Rami Abdel Rahman, os reparos já foram concluídos. Porém desde 2011, quando começou o conflito no país, esta é a primeira vez que o aeroporto de Damasco permanece fechado por um mês, acrescentou.
O Ministério dos Transportes da Síria disse que os voos foram desviados para Latakia, na costa oeste. A estrutura é menor e os voos lá são limitados, incluindo para Rússia, Irã e Iraque.