Na terça-feira (21), os Estados Unidos executaram militantes da Resistência Islâmica do Iraque em resposta a um ataque à base aérea de Ain al-Asad, localizada no oeste do país, conforme noticiado.
Nesta quarta-feira (22), o governo iraquiano condenou as investidas norte-americanas como "uma clara violação da soberania e uma tentativa de perturbar a situação estável de segurança interna", ao mesmo tempo que observou que os ataques de grupos armados às bases vão contra o interesse nacional do Iraque, segundo a agência Reuters.
Bagdá ainda observou que os ataques constituíram uma "violação do papel consultivo das forças internacionais no Iraque para combater os remanescentes do Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em diversos países]".
O movimento iraquiano Kataib Hezbollah disse que os últimos ataques norte-americanos mataram oito de seus membros em seu reduto de Jurf al-Sakhar, ao sul da capital iraquiana. Em um comunicado, o grupo ameaçou atacar um conjunto mais vasto de alvos se as investidas norte-americanas continuassem.
O Kataib Hezbollah faz parte das Forças de Mobilização Popular do Iraque (PMF, na sigla em inglês), uma ala de muitos grupos armados, principalmente muçulmanos xiitas, formada em 2014 para combater o Daesh e posteriormente reconhecida como uma agência de segurança oficial pelo governo iraquiano.
Até esta semana, os Estados Unidos tinham-se mostrado relutantes em retaliar no Iraque devido à delicada situação política em Bagdá, onde procuraram uma cooperação mais estreita, e em um esforço para evitar repercussões regionais da guerra da Faixa de Gaza.