Conforme informou a Associated Press, o vitória coloca Wilders em posição para liderar negociações, formar uma nova coligação governante e possivelmente tornar-se o próximo primeiro-ministro do país. A mídia considerou o feito "uma das maiores surpresas no cenário político dos Países Baixos desde a Segunda Guerra Mundial", em um momento de turbulência política em grande parte da Europa.
As sondagens divulgadas pela NOS, rede televisiva local, indicou que o Partido da Liberdade conquistou 35 dos 150 assentos na câmara baixa do Parlamento, o montante representa mais que o dobro dos 17 votos que o partido obteve nas últimas eleições. O bloco de esquerda liderado por Frans Timmermans, foi quem mais se aproximou dos vencedores, eles devem ficar com 26 cadeiras.
Segundo relatou a mídia, a campanha de Wilders foi marcada por preconceito contra os imigrantes, sobretudo em relação aos povos islâmicos. O candidato adotou um discurso contra a oferta de asilo oferecida pelo país, acenando ser favorável à suspensão da política migratória.
A vitória no legislativo da extrema-direita dos Países Baixos ocorre um ano após o triunfo da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, cujo partido Irmãos da Itália tem raízes que exalam nostalgia pelo ditador fascista Benito Mussolini.
Outras lideranças da extrema-direita europeia, como o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán e a líder de seu partido na câmara baixa do Parlamento francês, Marine Le Pen, parabenizaram o político holandês pela vitória.