De acordo com o comunicado divulgado pela companhia, o plano, aprovado pelo conselho de administração, vai "preparar a Petrobras para o futuro e fortalecer a companhia iniciando um processo de integração de fontes energéticas, essencial para uma transição energética justa e responsável".
Cerca de US$ 91 bilhões (cerca de R$ 450 bilhões) corresponde a projetos em implantação e US$ 11 bilhões são compostos por projetos em avaliação, sujeitos a estudos adicionais de financiamento antes do início da contratação e execução. No segmento de biorrefino, serão investidos US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 7,3 bilhões).
Plano dobra os investimentos em baixo carbono
Serão destinados US$ 11,5 bilhões (cerca de R$ 56 bilhões) para projetos de baixo carbono nos próximos cinco anos, mais do que o dobro do plano anterior.
São contempladas iniciativas e projetos de descarbonização das operações, assim como o desenvolvimento e o amadurecimento de negócios no segmento de energias de baixo carbono, com destaque para biorrefino; eólicas; solar; captura, utilização e armazenamento de carbono e hidrogênio.
"A Petrobras está voltando a investir em projetos de novas energias. Vamos escolher projetos rentáveis, priorizando parcerias para a redução de risco e o compartilhamento de aprendizados. Com essa nova frente, queremos também desenvolver as vantagens competitivas regionais do Brasil", diz o comunicado.
O texto diz ainda que o plano terá como foco a disciplina de capital e o compromisso de manter o endividamento da companhia sob controle.
"As commodities petróleo e gás natural seguirão como drivers preponderantes de valor, com resiliência econômica e ambiental, financiando a transição justa."
Produção de óleo e gás natural
A curva de produção, diz o comunicado, considera a entrada de 14 novas plataformas no próximo quinquênio, sendo que dez já estão contratadas.
"Está sendo construída uma nova geração de plataformas, mais modernas, mais tecnológicas, mais eficientes e com menores emissões."
A expectativa da Petrobras é atingir em cinco anos a produção de 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia. As projeções de produção de óleo, produção total e comercial de óleo e gás natural para 2024 foram acrescidas na comparação com o plano anterior, considerando o bom desempenho dos campos, as previsões de ramp-ups e a entrada de novos poços.
De acordo com a empresa, a produção de óleo e gás atingiu um número recorde este ano com o equivalente a 4 milhões de barris de óleo por dia. As produções de diesel S10, com maior eficiência energética e menor impacto ambiental e asfalto, também foram recordes.
As projeções do cenário de referência para a elaboração do plano, segundo a Petrobras, indicam que "aproximadamente 60% da geração de caixa da Petrobras retornará para a sociedade na forma de tributos e pagamentos à União, aos estados e municípios".