O número de mulheres trabalhando em minas ucranianas está crescendo em meio à escassez de homens, que combatem as forças russas, relatou na quarta-feira (22) a agência britânica Reuters.
Assim, a DTEK, uma empresa da indústria, viu mais de mil trabalhadores partirem para o front no começo da operação militar especial da Rússia. Desde então mais de 100 mulheres aceitaram o trabalho. Atualmente cerca de 400 mulheres trabalham nas minas da firma, o que é somente 2,5% de toda a força de trabalho.
Segundo uma trabalhadora chamada Kristina, o trabalho é interessante, mas difícil, pois as tampas das baterias são pesadas e o vapor pode ser desagradável. No entanto, o salário é bom.
"Nossos meninos foram levados para o front de batalha e agora precisamos apoiá-los: não há mais ninguém para trabalhar na mina agora."
A mina, pertencente a uma empresa sediada no leste ucraniano, tem poços que vão até mais de 600 metros de profundidade.
No entanto, "embora algumas mulheres tenham trabalhado nas minas antes da guerra, elas foram impedidas de fazer trabalhos subterrâneos pelo governo, que considerava o trabalho muito exigente fisicamente, uma política em vigor desde a era soviética". Em vez disso, as mulheres trabalham em empregos subterrâneos auxiliares, que não requerem esforço físico extenuante, acrescenta a Reuters.
"Fazemos tudo no mesmo nível que os homens, a menos que seja algo muito pesado que não possamos levantar", disse Natalia, de 43 anos, que também trabalha como técnica na inspeção dos trens.