O documento foi encaminhado através de um sistema de comunicações seguro e incluía avisos específicos, incluindo que o grupo palestino estava treinando para explodir postos fronteiriços em vários locais, entrar em território israelense e assumir o controle dos kibutz, disse uma pessoa ouvida pelo The Financial Times com conhecimento direto do conteúdo do aviso.
No entanto, quando um alto oficial de inteligência israelense respondeu ao relatório, disse que "este é um cenário imaginário" e nenhuma ação foi tomada, relatou a fonte ao jornal.
Duas pessoas familiarizadas com as comunicações também afirmaram que as discussões dentro da comunidade de inteligência sobre a falha em agir de acordo com o memorando ecoaram após as falhas de inteligência que precederam a guerra de 1973.
Ambas afirmaram que os avisos foram rejeitados não apenas porque vieram de soldados de baixa patente, mas porque foram contra a confiança do governo israelense de que tinha contido o Hamas através de um bloqueio punitivo, bombardeando as suas capacidades militares e usando ajuda e dinheiro como forma de tentar aplacar o grupo militante palestino.
O ataque, continua a mídia, seguiu em grande parte exatamente o padrão previsto no documento, incluindo dois kibutz específicos que foram atacados e o uso de foguetes para distrair o exército israelense da intrusão em curso.
A Forças de Defesa de Israel (FDI) foram indagadas pela mídia sobre o relatório, mas o The Financial Times diz que não recebeu resposta.
Vale lembrar que dois dias após o ataque, o Egito declarou que avisou Israel de que "algo grande estava para acontecer". Na semana seguinte, o presidente do Comitê das Relações Exteriores dos EUA, Michael McCaul, também garantiu que Tel Aviv havia sido avisada três dias antes sobre operação do Hamas pelo governo egípcio, conforme publicado pelo jornal The Times of Israel.