"Os líderes ocidentais pensam a geopolítica como se lá fora fosse 1823, e não 2023 – e sua influência na arena mundial está se esvanecendo diante de nossos olhos. Agora, quando as opções militares [vantajosas para o Ocidente de terminar o conflito na Ucrânia] se esgotaram, eles querem a paz, mas estão em uma posição fraca", diz o especialista.
Segundo o economista, o conflito na Ucrânia enfraqueceu a economia europeia. O aumento dos preços das fontes de energia "eliminou" a base produtiva da Europa e a privou de competitividade no mercado mundial, observou Pilkington.
Ele disse que o Ocidente já tinha esgotado todos os recursos para apoiar a Ucrânia e "não lhes iria construir outro exército". O economista destaca que o colapso da indústria dos EUA e aliados levou a uma escassez de munições, enquanto a Rússia mostrou que, se necessário, pode facilmente produzir um número "incrível" de projéteis de artilharia.
"Surge a questão: por que os russos deveriam se sentar à mesa de negociações se estão avançando nas áreas estratégicas importantes?", indagou Pilkington.
Ultimamente, a mídia ocidental tem relatado cada vez mais que os EUA e a UE começaram a se cansar do conflito ucraniano, e o apoio a Kiev está enfraquecendo.