Durante o seu discurso perante o conselho de governadores da AIEA na sexta-feira (25), o enviado chinês Li Song argumentou que o acordo AUKUS "vai contra o propósito e os objetivos" do marco do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).
Li apelou para que se realizem "discussões intergovernamentais" formais sobre o assunto entre os Estados-membros da AIEA, dizendo que eles "têm sabedoria suficiente, paciência e determinação para responder adequadamente aos riscos de proliferação relacionados com o AUKUS".
"Os três países foram mais longe no caminho errado e perigoso para o seu próprio interesse geopolítico, ignorando completamente as preocupações da comunidade internacional", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, no início deste ano, acrescentando que o pacto AUKUS é baseado em uma "mentalidade da Guerra Fria que só motivará uma corrida armamentista, prejudicará o regime internacional de não proliferação nuclear e prejudicará a estabilidade e a paz regionais".
O AUKUS foi criado em 2021 entre Washington, Canberra e Londres, em parte para facilitar a transferência de tecnologia militar entre os três aliados, com os militares dos EUA se comprometendo a ajudar a Austrália a obter submarinos movidos a energia nuclear.