As Forças de Defesa de Israel (FDI) comunicaram que os reféns libertados cruzaram o posto de Rafah, no Egito, de onde foram transportados para Israel através do posto de Kerem Shalom. Ao todo são 13 reféns israelenses, incluindo sete crianças e seis mulheres, e quatro tailandeses, que foram entregues pelo Hamas à Cruz Vermelha Internacional.
Os ex-prisioneiros libertados das prisões israelenses chegaram à cidade de Beitunia, cumprindo as condições do acordo de trégua de Israel com o movimento palestino Hamas, de acordo com o canal de TV Al Jazeera.
No sábado passado, o acordo entre o Hamas e Israel sobre uma trégua de quatro dias e a troca de reféns e prisioneiros esteve à beira do fracasso, depois de o Hamas ter acusado Israel de bloquear a entrada de ajuda humanitária ao norte da Faixa de Gaza.
A crise foi superada graças aos esforços do Catar, que anunciou a libertação de 13 reféns israelenses e 39 prisioneiros palestinos, bem como de sete estrangeiros fora do âmbito do acordo.
Ontem, entrou em vigor a trégua humanitária de quatro dias acordada entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o Hamas, após semanas de hostilidades. O Hamas entregou dois grupos de reféns, em um total de 25 pessoas libertadas, sendo 13 israelenses e 12 tailandeses.
O acordo de trégua, acordado com a mediação do Catar, estipula a libertação de 50 reféns israelenses, na sua maioria mulheres e crianças, em troca de 150 prisioneiros palestinos e a entrada de ajuda humanitária, material médico e combustível na Faixa de Gaza.
Segundo o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, as FDI retomarão as hostilidades após o fim do cessar-fogo e as continuarão "até o fim do domínio do Hamas em Gaza e a libertação de todos os sequestrados".
Desde que os militantes do Hamas lançaram o seu ataque às cidades israelenses em 7 de Outubro, matando 1.200 israelenses, a resposta de Israel tem sido a ofensiva mais sangrenta e destrutiva alguma vez presenciada no enclave de Gaza, com apenas 40 quilômetros de extensão.
Autoridades de Saúde palestina afirmam que o bombardeio matou mais de 14 mil pessoas, 40% delas crianças, e destruiu áreas residenciais.