Segundo a deputada, o alto escalão quer "recrutar pelo menos 20 mil cidadãos todos os meses", mas não tem uma compreensão clara do que deverá ser feito no conflito entre Kiev e Moscou. "O comandante-chefe das Forças Armadas Ucranianas não foi capaz de fornecer um plano [estratégico] para 2024", disse Bezuglaya, referindo-se ao principal comandante militar da Ucrânia, o General Valery Zaluzhny.
De acordo com Bezuglaya, Zaluzhny e outros comandantes do alto escalão não conseguiram apresentar quaisquer planos detalhados para treinamento, rotação de tropas ou para o financiamento necessário para algumas novas brigadas que supostamente querem formar.
A indecisão da liderança militar ucraniana tem sido um grande problema para os legisladores que planejam o orçamento do país para o próximo ano, afirmou a parlamentar.
A indecisão da liderança militar ucraniana tem sido um grande problema para os legisladores que planejam o orçamento do país para o próximo ano, afirmou a parlamentar.
Naquela altura, os militares ucranianos estavam no meio da sua ofensiva militar em grande escala, lançada no início de junho. A operação, contudo, foi em grande parte malsucedida pois não permitiu a Kiev ganhar nenhum território importante. Ao mesmo tempo, os ucranianos sofreram pesadas perdas, tanto de pessoal quanto de equipamento militar, incluindo dezenas de armas fornecidas pelo Ocidente, como tanques e veículos de combate.
"Se a liderança militar não puder apresentar nenhum plano para 2024 e todas as suas propostas de mobilização se reduzirem ao fato de que são necessárias mais pessoas sem quaisquer… mudanças no sistema das Forças Armadas, então esta liderança tem de desaparecer", disse Bezuglaya.
O partido presidencial recusou-se a comentar sobre as declarações de Bezuglaya quando perguntado pelo jornal ucraniano Pravda.