Um petroleiro afiliado a Israel foi supostamente apreendido por um grupo islâmico armado, informou a agência Associated Press neste domingo (26), citando a empresa privada de inteligência Ambrey.
Os representantes da empresa teriam dito que a embarcação — o Central Park — foi apreendida no golfo de Aden. Acrescentaram que o petroleiro pertence à Zodiac Maritime, uma empresa internacional de gestão de navios que alega ter ligações com Israel.
A Marinha dos EUA está atualmente "envolvida na situação e pediu aos navios que se mantivessem afastados da área", acrescentou a empresa.
A agência também recebeu comentários de um oficial da Defesa dos EUA, sob anonimato, que confirmou o incidente. A fonte também partilhou que aparentemente "um número desconhecido de indivíduos armados não identificados" é responsável pelo sequestro.
Embora ainda não tenha sido estabelecido quem está por trás do ataque, o governo do Iêmen é acompanhado por uma coligação aliada liderada pela Arábia Saudita na supervisão da região de Áden. Esta coligação luta há muito tempo contra os rebeldes houthi presentes no Iêmen. A parte do golfo de Áden onde o navio foi detido está presumivelmente sob o controle destas forças.
Apesar de notórios por ações desta natureza, os piratas somalis não são suspeitos pelo incidente, uma vez que não foram vistos operando na área.
O movimento houthi (oficialmente chamado de Ansar Allah) começou no início da década de 1990 em oposição ao então presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, que esteve no cargo por mais de três décadas. O Ansar Allah se transformou gradualmente em um grupo religioso e político extremista anti-EUA e anti-Israel, que procura tomar o controle total sobre o país.
Hoje, as suas forças dispersas controlam parte da costa do mar Vermelho. Os houthis alertaram sobre sua intenção de atacar navios ligados a Israel e apelaram a outros países que retirassem as suas tripulações e evitassem abordá-los no mar.