De acordo com o anúncio, um grupo de indivíduos armados violou a segurança do quartel Wilberforce, em Freetown, a capital do país, nas primeiras horas de domingo, e tentou arrombar um depósito de armas.
As forças de segurança já teriam conseguido controlar a situação, afirmou. "Como comandante-chefe, quero assegurar a todos os residentes na Serra Leoa que superamos este desafio", disse ele, e a calma foi restaurada.
"À medida que a equipe combinada das nossas forças de segurança continua a erradicar os remanescentes dos renegados em fuga, foi declarado um toque de recolher obrigatório a nível nacional e os cidadãos são incentivados a permanecer em casa", disse o presidente.
Ele também incentivou os cidadãos a se unirem e "protegerem a democracia".
De acordo com a publicação Sierra Leone Telegraph, os agressores eram "um grupo de soldados e policiais não identificados". Eles teriam conseguido por as mãos em "armas pesadas". Tiros, então, soaram na área, inclusive perto da residência presidencial.
O grupo armado então se voltou para a Prisão Central de Freetown e libertou vários presos, "muitos dos quais foram detidos sem julgamento durante vários anos, incluindo presos políticos."
Situação política de Serra Leoa
A situação em Serra Leoa tem sido volátil desde a reeleição do presidente Bio em junho, o que suscitou críticas da oposição e dos observadores internacionais sobre "discrepâncias estatísticas".
Em agosto deste ano a polícia prendeu oficiais superiores do Exército sob suspeita de conspiração para atacar instituições estatais. No entanto, de acordo com o Sierra Leone Telegraph, as detenções não foram uma "surpresa", uma vez que ocorreram durante tensões entre o gabinete do presidente e oficiais militares de alta patente, após o resultado da eleição.
A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenou o ataque ao quartel, chamando-o de "uma conspiração de certos indivíduos para adquirir armas e perturbar a paz e a ordem constitucional em Serra Leoa".