Os serviços especiais ucranianos usaram produtos químicos tóxicos contra as autoridades das novas regiões russas, disse Kirill Lysogorsky, chefe da delegação russa na Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) e vice-ministro de Indústria e Comércio.
"Temos informações sobre o uso de produtos químicos tóxicos e substâncias psicotrópicas por agentes dos serviços especiais do regime de Kiev contra a liderança das novas entidades que se tornaram parte da Rússia", disse ele.
De acordo com Lysogorsky, Moscou também tem provas do envolvimento dos EUA e de seus aliados no suprimento de produtos químicos à Ucrânia. Segundo ele, essas substâncias, incluindo agentes químicos de controle de distúrbios, são transferidas para as Forças Armadas da Ucrânia e para mercenários estrangeiros que lutam ao lado de Kiev.
Em outubro, Moscou entregou provas à OPAQ de que os militares ucranianos usaram substâncias proibidas em combates com as forças russas.
Aleksandr Shulgin, representante permanente da Rússia na organização e embaixador nos Países Baixos, declarou que a presença de tais agentes químicos e das granadas K-51 diretamente nas mãos das forças ucranianas e de combatentes estrangeiros foi claramente demonstrada por um dos vídeos exibidos na televisão ucraniana. A filmagem mostra mercenários com essas armas agindo a favor dos serviços especiais de um país da OTAN para organizar provocações.
Fernando Arias, diretor-geral da organização, prometeu estudar a filmagem.
Moscou enviou um total de 23 notas ao secretariado da OPAQ sobre o uso de substâncias tóxicas como armas químicas por Kiev, mas ele até agora decidiu não enviar especialistas à Ucrânia.
A 28ª Conferência dos Estados Partes da Organização para a Proibição de Armas Químicas está sendo realizada de hoje (27) a sexta-feira (1º) em Haia, Países Baixos.